O governo está mudando as políticas de seguro para acidentes de trabalho e os benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez. “Mudamos a perícia médica, a forma de classificação dos benefícios e estamos combatendo a subdeclaração de acidentes de trabalho. Teremos que criar incentivos ou fortalecer os existentes para que as pessoas adiem a aposentadoria e fiquem mais tempo no mercado de trabalho. Isso também e importante para dar sustentabilidade à Previdência Social.” O secretário assegurou que as regras não vão significar um arrocho maior para os aposentados, e sim um incentivo a quem optar por se aposentar um pouco mais tarde. “Pode-se fazer isso por meio de incentivos embutidos na fórmula de cálculo das aposentadorias. Isso não significa arrochar o valor da aposentadoria, e sim melhorar o valor da aposentadoria de quem se aposenta mais tarde”, afirmou. “Vamos ser bem sinceros. Hoje, as pessoas se aposentam por tempo de contribuição e continuam no mercado de trabalho”, completou. Schwarzer disse ainda que o contexto de crise econômica, com escassez de empregos, não pode influenciar nas mudanças que precisam ser feitas. “Economia é assim. Tem momentos de crescimento e momentos de retração. Estamos falando de medidas que precisamos tomar para garantir a sustentabilidade a longo prazo. Temos que olhar a longo prazo, como um período em que as crises vêm sendo compensadas com períodos de crescimento econômico e vice-versa”, afirmou. Esse e outros problemas referentes à questão do idoso no Brasil serão discutidos a partir de hoje (18) à noite, em Brasília, na 2ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, encontro para o qual são esperadas 800 pessoas de vários estados. Participarão da cerimônia de abertura, às 19h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, que coordena o evento.